Vídeo: Desembargador do TRT-RS nega repetidamente preferência de sustentação à advogada gestante!

[ Assista AQUI ] VIRAM ESSA? 😡 No dia 27 de junho de 2024, durante uma sessão da 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), um incidente grave envolvendo a advogada gestante Marianne Bernardi (@mariannebernardi), com vídeo divulgado em seu perfil do Instagram, gerou grande repercussão e indignação na comunidade jurídica. A advogada relatou publicamente ter tido seu direito de preferência como gestante negado repetidamente pelo Desembargador Luiz Alberto Vargas, Presidente da Turma.

Relato da advogada Marianne Bernardi

Em seu depoimento, Marianne Bernardi descreveu a sessão como um dia vergonhoso para o Tribunal, ressaltando que seus direitos assegurados pela Constituição Federal foram tolhidos pela arrogância do Desembargador. “Senti na pele o que é ter um direito sonegado, ainda mais direito assegurado na Constituição Federal, preferência legal afastada sem motivo plausível, direito à dignidade e a proteção à maternidade tolhidos pela arrogância”, declarou a advogada.

A advogada, que está no oitavo mês de gestação, passou sete horas aguardando para exercer seu direito como profissional e poderia ter entrado em trabalho de parto de forma prematura. Durante esse período, enfrentou mal-estar, tontura, fome e suores frios. O momento mais humilhante, segundo Marianne, foi quando teve que expor sua barriga para comprovar a gravidez, após o Desembargador duvidar de sua palavra.

O apoio da comunidade jurídica

O caso gerou uma onda de solidariedade e apoio de colegas advogados, Desembargadores presentes na sessão de julgamento e membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), que intercederam em nome da advogada. Diversos advogados se manifestaram publicamente nas redes sociais, compartilhando suas próprias experiências de desrespeito e humilhação em tribunais, especialmente no TRT4 e TRT2. Uma advogada relatou ter enfrentado uma situação semelhante no Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde um ministro a fez perguntar aos colegas se alguém se opunha à sua preferência por estar gestante. Além disso, notas de repúdio foram publicadas pela OAB/RS, MPT/RS, ANPT, AGETRA e SATERGS, bem como o próprio TRT emitiu uma nota pública e Desembargadoras e Juízas do próprio Tribunal realizaram um pedido de desculpas formal através das redes sociais.

Repercussão e indignação

As reações de indignação não se limitaram apenas aos advogados. A história de Marianne tocou profundamente muitos, que se manifestaram nas redes sociais expressando sua revolta e solidariedade. Comentários como “Show de horrores” e “É inacreditável, é lamentável, é revoltante ver uma lei que confere o básico ser desrespeitada de forma deliberada” destacam o choque e a indignação coletiva.

O direito de preferência da advogada gestante

O direito de preferência para advogadas gestantes é assegurado por lei, visando proteger a saúde e a dignidade das profissionais que estão gerando uma vida. A Constituição Federal, no artigo Art. 6º e 227, e o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/1994), em seu artigo 7º-A, inciso III, alterado pela Lei n. 13.363/16, conhecida como Lei Julia Matos, que garantem o direito de preferência às advogadas gestantes, lactantes e adotantes nas audiências e sessões de julgamento.

Conclusão

O caso de Marianne Bernardi expõe uma grave violação dos direitos fundamentais de uma advogada gestante, trazendo à tona questões de desrespeito, arrogância e falta de humanidade em tribunais. Este incidente destaca a necessidade urgente de uma reflexão e mudança de postura dentro do judiciário, para assegurar que os direitos constitucionais e legais sejam efetivamente respeitados e garantidos.

O pleno exercício da profissão foi violado, sendo um retrocesso aos direitos das mulheres, que equilibram sua vida profissional com a maternidade. Em pleno ano de 2024, o direito fundamental das mulheres no ambiente de trabalho foi violado por quem deveria aplicar a lei com exatidão. Que exemplo foi dado aos demais cidadãos que têm os Juízes como espelho de conduta a ser seguida?

A publicação do vídeo com as repetidas tentativas de intercessão em favor da advogada e a recusa do desembargador em conceder seu direito deve servir como um alerta para a comunidade jurídica e para a sociedade, ressaltando a importância de empatia, respeito e cumprimento das leis que protegem as profissionais gestantes.

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